sábado, 17 de julho de 2010

Xeque - Mate (Capitulo 3: Confissão)

Capitulo 3: Confissão
Finalmente as aulas tinham recomeçado. Assim teria com o que ocupar meus neurônios e não ficaria pensando em mais besteiras. Já fazia um bom tempo desde a minha conversa com Hugo e esperava que ao reencontrá-lo na escola, conseguisse disfarçar minha vergonha. Sim, eu ainda tinha vergonha pelo rumo que aquela conversa tinha tomado.
Eu estava um pouco atrasada. Para variar tinha perdido à hora: culpa do despertador provavelmente, ou minha? Ah, tanto faz. Comi o mais rápido possível e voei para o carro. Cheguei à escola as sete em ponto. Já tinha batido o sinal e todos se encaminhavam para suas devidas salas um tanto quanto apressados . Hoje minha primeira aula era de Embriologia e o professor Alberto não admitia atrasos: vedava a entrada de qualquer aluno, seja lá por qual motivo, depois do toque. Inutilmente, sai correndo pelo corredor e para minha não supressa, não pude assistir a aula. Mas se me servia de consolo, não veria Hugo.
Me dirigi para a biblioteca. Procuraria um livro e leria durante os 50 longos minutos de espera.Mas ai que quando abri a porta da biblioteca... Hugo.
- Alice. Oi. Atrasada de novo? – A voz sorridente de Hugo me recebia na biblioteca. Ele tinha escolhido sentar na primeira mesa, que ficava praticamente na frente na porta. Me encontrei meio sem jeito, senti que tinha ficado vermelha, tentei recuperar a voz e falei:
-Oi, Hugo. É, ainda não aprendi a chegar na hora nos dias de segunda... E você? Porque chegou atrasado?
- Precisava falar com você.
Pronto. Era tudo o que eu queria. O que Hugo tinha pra me falar que ele precisa perder a aula de Embriologia? Senti minhas pernas tremerem. Eu não precisava que ele me lembrasse da nossa última trágica conversa. Já estava tudo bem, então... pra que voltar a esse assunto.
- Falar o que comigo, Hugo?- tentei soar o menos curiosa possível, mas não sei se funcionou. Ele sorriu meio encabulado e começou a falar.
- Sobre a nossa última conversa... Queria esclarecer uma coisa...
Eu interrompi antes que ele prosseguisse, não precisava ouvir mais uma vez aquele NÃO.
-Não, tudo bem. Vamos deixar isso pra lá, certo? Você não precisa esclarecer mais nada. Ta tudo certo, já.
Hugo sorriu novamente, dessa vez mais desajeitado. E então falou:
- Você quer deixar eu terminar de falar, Alice? – Eu percebi que não estava conseguindo esconder minha preocupação, e fiquei ainda mais vermelha. Dessa vez, apenas acenei positivamente com a cabeça. Ele respirou um pouco, olhou em volta e depois pra mim, e ai começou novamente a falar.
- Bom, quando você me perguntou todas aquelas coisas... Eu disse que não. Bom... Eu menti, um pouco. - Ele parou novamente, percebi que ele agora estava ficando um pouco vermelho e sua voz estava um pouco desajeitada, meio falha.- Eu gosto de você. Sempre gostei. Desde o começo me identifiquei com você... Mas tinha medo. Por isso nunca toquei nesse assunto, e quando você me perguntou, agi como um burro. Eu queria ter tido tudo que sentia naquela hora, mas não consegui. E eu sei que você vai me achar um estranho, estúpido e com razão.
Ele parou de falar e eu apenas o olhei. Não tinha palavras. Não sabia o que pensar. Eu estava feliz, confusa, com medo... A forma como ele falou... Ele parecia querer sem o mais sincero possível, mais medindo as palavras e ate sendo um pouco meloso.
-Hugo, eu sinceramente não sei o que falar. É estranho. Muito estranho tudo isso. Eu... Eu fico feliz que você tenha me dito tudo, sério. De verdade. Mas, eu to sem reação.
- E se você apenas me perguntar, sei lá... O que a gente faz agora?- ele sorriu. E eu apenas sorri junto. Deixei ele se aproximar. Meu coração batendo fora de ritmo, acelerando e desacelerando loucamente. Aquela sensação de borboletas no estômago e minhas pernas desobedecendo meus comandos. A mão dele acariciando minha bochecha e como se a vida fosse filmada em câmera lenta, os dedos iam deslizando até alcançar minha nuca e com um movimento leve e preciso, ele me puxou ao seu encontro. Nossos lábios se encontraram medrosos e entusiasmados. Foi um beijo forte, caloroso e delicado.

sábado, 10 de julho de 2010

Xeque - Mate (Capitulo 2: Um não, um sim. Game over)

Capitulo 2: Um não, um sim. Game over
Ok. Se isso fosse verdade mesmo, ótimo. Mas eu precisava acabar de uma vez com essa dúvida. Tinha deixado esse assunto morrer por uns dias e tudo estava indo bem. Até mesmo depois do convite que ele tinha me feito. Convite esse que nem se concretizou, na verdade.
Mas ai que o corpo é frágil. Na verdade, minha impulsividade age por conta própria. Conversava com ele e de repente me deu uma vontade de abrir o jogo. De chegar e perguntar. Naquele momento esqueci minha timidez, meu medo... Relutei algumas vezes, é claro. Embora minha impulsividade fosse forte, meu orgulho tinha resolvido brigar de igual para igual. Mas não foi suficiente. Pensei comigo mesma... Sabia que ia me arrepender, mas e daí? Comecei a falar. Misturava curiosidade de forma objetiva e subjetiva. Apenas queria saber o que ele achava dessa historia toda. Escondi por um tempo toda a minha confusão. Enquanto ele falava, alivio, tristeza, arrependimento... Tudo se misturava. Eu não sabia mais o que era correto sentir. O que eu queria sentir.
- Não, eu não gosto de você. No começo talvez, um interesse. Mas não mais que isso. Não, não sinto nada. - Ele disse. Repetiu tanto “não” que chegou a incomodar. Acho que já tinha entendido no primeiro não que toda aquela historia que as meninas tanto me falavam era mentira. Já chegava. Ele não precisava repetir para deixar claro a negação da situação.
Respirei fundo e apenas refleti. Devia ter confiado. Ter acreditado na minha intuição. Sempre me gabei dela. E reclamava quando as pessoas duvidavam de que ela era certeira. Mas eu mesma tinha contrariado o que afirmava e relutava em dizer que funcionava. Burra. Bom, pelo menos essa história acabava ali. Me senti feliz. Estava tudo resolvido. Mas eu deixei meu impulso falar mais alto.
– Eu gosto de você. - Como eu tinha dito isso? Porque? Ele já tinha esclarecido tudo, porque eu ia contar para ele? Será que eu precisava de um fora mais direto? Morri. Percebi que tinha feito a maior burrada do dia.
Não, eu não esperava que ele tivesse mentido para mim quanto ao “não” dito tantas vezes naquela conversa. Não esperava que todas aquelas afirmações tivessem surgido em resposta a um possível medo de rejeição. Não esperava que ele tivesse ficado assustado com a minha interrogação. Não esperava que ele tivesse dito aquilo para se sentir por cima, para dar o “não” antes de mim. Não, eu não esperava. Esperava?
E se fosse isso mesmo? E se ele realmente tivesse pensando assim e depois ficado sem graça de contar a verdade? Não, nada disso fazia sentindo. Tinha acabado. Deixaríamos aquela conversa morrer. Apagaríamos. Ela nunca existiu.
- Ok. Vamos esquecer isso, certo? – Estava envergonhada. Onde eu tava com a cabeça? E meu orgulho, porque tinha me deixado fazer isso?
- Tudo bem. – Ele disse. E eu pensei no que ele poderia estar pensando. Será que ele também estava confuso? Qual a probabilidade do não ter sido de proteção? Espera, o que eu tava fazendo?

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Xeque - Mate (Capitulo 1: E agora?)

Capitulo 1: E agora?
Era noite de domingo. Chovia forte. Eu olhava a chuva bater na janela e acompanhava as pequenas gotas de água realizarem seu percurso. Meus olhos estavam distantes, distraídos. Era como se meu espírito não habitasse mais meu corpo ou como se tivesse sido hipnotizada. O telefone tocava loucamente ao meu lado . 1, 2, 3 vezes. Mas eu parecia não notar.
E como se alguém tivesse desejado me acordar da hipnose, dei um pulo da poltrona voltando à realidade ainda um pouco confusa. A conversa com as amigas ainda morava na memória. O que Lia havia falado ainda ecoava... E aquilo tudo estava me deixando louca.
Será? Eu pensei olhando pela janela. Mas não fazia sentido, não para mim... Nunca tinha parado para imaginar nós dois juntos. Na verdade, tinha... Bom, esse assunto era mais antigo do que Lia pudesse imaginar. Ele já tinha sido tópico de conversa e até de briga entre eu e Daniel... Ele tinha um ciúme besta quanto a minha proximidade com Hugo.
Eu e Hugo desde o começo apresentamos certa afinidade. Uma amizade que tinha surgindo aos poucos e criava laços cada vez mais fortes. Começado antes mesmo de convivermos diariamente. Porque no começo era tudo muito virtual. Aquelas amizades via MSN mesmo. Mas eu sentia que ela era verdadeira. Era aquela coisa de sentir, uma intuição talvez. Eu sabia que seriamos grandes amigos. Eu só sabia. Sentia confiança e cumplicidade. Ele era uma das poucas pessoas com quem eu me sentia confortável o bastante. Com ele podia conversar sobre quase tudo. Ele tinha assumindo o cargo de conselheiro particular. E os conselhos eram ótimos.
Bom, depois nossa amizade só veio a crescer. E as pessoas começaram a reparar nisso. Viam nossa proximidade, a liberdade que tínhamos um com o outro... E ai, tudo começou. As brincadeiras amigáveis que me deixavam super sem graça, e a ele também... Para tudo elas viam que formávamos um “lindo casal”, como Lia tinha me dito naquela noite. No começo eu fiquei tão encabulada, mas depois pensei comigo mesma: “Bom, eles não vão parar, então... Vou entrar na brincadeira também, vai que eles se cansam...”. E foi o que fiz, entrei na brincadeira. Mas eles não pararam. A cada dia, parecia que a brincadeira ganhava mais força.
Com o tempo, eu comecei a sentir ciúmes. Sim, ciúmes... Fiquei apavorada. Como assim eu podia estar sentindo ciúmes de Hugo? O que estava acontecendo comigo? Estava tudo errado.
A minha bipolaridade começou a ficar mais freqüente. Uma hora estava tudo bem, mas quando eu via algo que perturbava meu equilíbrio, fechava a cara e uma raiva me dominava. Era inevitável. Mas eu não podia. Aquilo não podia acontecer. E eu não podia está gostando dele. Éramos amigos, e só. O ciúme que sentia era de amigo para amigo. Ora, é normal cancerianas sentirem ciúmes, né? Todo mundo sabe disso. Canceriana sente ciúme e ponto final. Esse sentimento não representava que eu estava gostando dele.
Tentei me confortar com isso e esquecer por um tempo toda essa confusão. Era preciso. Peguei meu celular e olhei as chamadas não atendidas. Era Mônica. Retornei logo em seguida.
- Alice, finalmente. Tava ficando preocupada com você. Desde ontem você ainda estranha, mais calada que o normal. Aconteceu alguma coisa? Diga logo...
- Oi... Não, Monica... Está tudo bem. – Fiz um pouco de silencio, e finalmente disse: - Não, não estou bem. Precisamos conversar... Podemos sair hoje?
-Claro, amiga. Sabia que não estava tudo bem com você. Onde e de que horas?
- Aah, vamos no açaí, certo? Vou passar daqui a uns 15 minutos na sua casa. Não demore a se arrumar, por favor.
- Claro. E desde quando demoro a me arrumar? Não passo 15 minutos... – Mônica riu. E eu percebi que tinha rido junto com ela. Desliguei o telefone e sai do quarto em direção a sala de estar. Minha mãe estava assistindo um daqueles filmes meio bestas e antigos. Peguei a chave do carro e ela me deu um olhar meio preocupado e antes que ela começasse a fazer todo o interrogatório comecei a falar:
- Mãe, vou na casa de Mônica e depois vamos ao açaí. Não demoro... – disse já indo em direção a garagem.
- Debaixo dessa chuva? Alice aconteceu alguma coisa, filha? – O tom de preocupação soltava nas palavras da minha mãe.
- Não, mãe... Não aconteceu nada. Deixa eu ir, ta? Ela já esta me esperando. Tchau. – Sai antes que ela começasse a perguntar demais.
Entrei no carro e me dirigi a casa de Monica. Quando cheguei la ela já me esperava. Foi tudo bem rápido. No caminho até o açaí não trocamos uma palavra. Sabia que o silencio estava incomodando Monica, ela não suportava ficar 2 minutos calada. Mas estava feliz que ela estivesse respeitando meu silencio e não me forçando a falar nada. Chegamos no açaí, fizemos nossos pedidos e ai, ela perguntou:
- Ok, Alice... Não agüento mais. Me diga logo o que esta acontecendo com você. – Sua voz soava raivosa e preocupada. Comecei a falar...
- Você vai achar uma tremenda besteira. Mas é que eu preciso desabafar e preciso de um conselho também. Já te contei sobre o Hugo, né? Aquele garoto da minha turma? - Ela acenou positivamente com a cabeça, e eu continuei. – Então, na festa da semana passada estava conversando com Lia e ela começou a falar um monte de besteira sobre isso. E desde então, eu não consigo parar de pensar no “se”.
- Espera. Que tipo de besteira? Que “se”?
- Primeiro ela me perguntou se eu gostava dele. Depois, que formaríamos um belo casal. Que todo mundo via isso. Que gostávamos um do outro, mas que éramos cabeça-dura demais pra aceitar o que sentíamos.
-Aah, sabia de uma coisa parecida... – Mas eu interrompi Monica antes que ela continuasse.
- Como assim você sabia? Sabia do que, Monica? Porque você não me falou nada?
- Para você não surtar, talvez? Olhe, há uns dias Jessica me falou que tinha um garoto louco por você... Que era perceptível isso, todo mundo via que ele estava interessado, mas que você não dava o menor cabimento pra ele. Agora, suponho que ela tenha falado do Hugo...
- É, Lia comentou isso também. Mas, poxa... Nunca pensei nisso. Nunca pensei que ele gostasse de mim. Cara, em nenhum momento interpretei alguma atitude dele que me levasse a pensar assim. Tanto é, que ...
- Que?? Aliiiiiiice, você esta gostando de Hugo?? – A voz de Monica era exageradamente alta e risonha.
- Nãao, o que? Ta louca? Da onde você tirou isso? – tentei me recompor e voltar ao foco, mas Monica não deixou.
- Ora, Alice eu te conheço. Você esta gostando dele, sempre gostou. Por isso esse surto agora, não é? Depois do que as meninas falaram... Eu dou o maior apoio. Se era esse o conselho que você ia pedir. Ta na hora de você deixar de se esconder. Na verdade, já passou da hora. Foram 8 meses. Já deu, não? Vamos brincar de ser feliz e aproveitar um pouco a vida.
- Mas eu não gosto dele. Não gosto. Não mais que amigo...
- Certo. Não gosta... Reflita sobre isso e antes de irmos embora, você saberá que gosta dele. Você gosta, Alice. Você ta gostando dele sim.
Comecei a pensar sobre o que Monica tinha acabado de falar, sobre o que Lia e as meninas tinham me dito. Cenas aleatórias vinham a minha cabeça. O ciúme, o cuidado, a simpatia, a confiança, o sorriso incontido quando ele falava comigo, o suor frio na palma da mão... É, eu acho que elas estavam certas. Eu estava gostando de Hugo. Mas e agora?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Xeque - Mate (Prólogo)

- Aah, vai... Porque não, Alice? Você sabe que tudo isso faz sentindo. – disse Lia, com um sorriso quase convincente.
As meninas em nossa volta concordando com tudo que ela falava.
- Ora, vamos. Vocês já beberam demais por hoje. Se vocês tivessem mesmo razão, não acham que algo já teria acontecido? Oi? – eu disse tentando soar ainda mais convincente do que Lia. Mas parece que a minha voz deixava escapar que eu queria concordar com tudo que elas falavam.
-Alice, não adianta... Você não vai conseguir nos convencer com essa ladainha. Você sabe tão bem quanto nós que tudo isso faz sentido. O jeito como vocês se olham, a forma como vocês se tratam... – Lia continuava a insistir. Bom, essa seria uma conversa difícil. Eu não daria o braço a torcer e pelo visto, Lia também não.
- Ok, meninas. Vou participar dessa brincadeira louca de vocês. Vamos imaginar que seja verdade, e ...
Mas Lia me cortou antes que eu pudesse terminar.
- Viu? Sabia. Finalmente. Amiga, entenda... Vocês formam um lindo casal e todo mundo torce por vocês. Só queremos abrir esse olhinhos que se fecharam para a realidade e se recusam a enxergar o que está na ponta do seu nariz... – Lia estava entusiasmada. Ela queria assumir esse posto de cupido.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Se uma mulher te fala NÃO É NADA...

... É TUDO.

- Oi, fulana. Você tá tão pra baixo. Aconteceu alguma coisa?
- Não, não é NADA.
(...)

Cara, é TUDO.

As mulheres tem esse maldito constume de esconder o que esta acontecendo. Na verdade, mulher gosta é de SUSPENSE, de fazer mistério. Elas gostam de ser alvo da curiosidade alheia. Elas não vão te contar a menos que você se mostre interessado em ouvir. Ah, mas claro, não vamos generalizar (embora eu nunca tenha visto uma mulher que fuja desse princípio).
Quando ela te fala que não é nada, bom... Ela não quer que você simplesmente aceite o fato de que não é nada. Afinal, uma pessoa não fica triste sem motivo, né? Agora, uma dica: RESPEITE. Ela embora queira que você saiba que NÃO esta tudo bem, não vai chegar e te contar tudo que aconteceu, sem ter certeza de que você vai ouví-la com atenção e de que você realmente é de confiança.Porque? Bom, vamos levar em consideração dois motivos:
1º: Você pode ser o melhor amigo, o namorado, o confidente... Mas tem coisa que é só de mulher-mulher. Então, não insista para saber o que ela fala tanto com aquela amiga. Apenas preste atenção e respeite para não deixá-la ainda mais triste, ok? Homens tem essa capacidade...
2º "Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente. Se ela te fosse direta, você a rejeitaria" (Los Hermanos). Já se auto-explica, né?

terça-feira, 6 de julho de 2010

"Quem sabe o príncipe virou um chato ...

que vive dando no meu saco" (Cássia Eller)

Princesa em perigo. Príncipe em um cavalo branco. A princesa é salva. Eles se casam e tem o seu final feliz.

Temos, pelos menos a maioria de nós, mulheres, a absurda necessidade de querer acreditar em PRÍNCIPES ENCANTADOS. Tanto é que a maioria de nossos filmes e livros preferidos envolvem a moça que se apaixona pelo cara perfeito. Aquele romantismo bobo que nos faz chorar de tristeza e de alegria, que nos faz ficarmos bobas...

Quando somos crianças acreditamos que se beijarmos um sapo ele se transformará em príncipe e nós seremos felizes para sempre. E se não for um sapo, que o príncipe virá no seu belo cavalo branco e nos salvará. Ora, que garota nunca sonhou com isso?

Agora, não esperamos mais uma transformação sapo-príncipe ou um belo cavalo branco. Os tempos mudaram e o encanto também. O encanto vem na atitude, no gesto, na palavra. Num conforto, num abraço...

Mas hoje conversando com uma amiga depois do filme da saga Crepúsculo: Eclipse... Eis que surgiu a indagação:Príncipes encantados (na verdade, vampiro encantado = Edward), sapos (?) ou lobos (Jacob)? Que tipo de homem as mulheres procuram?

Preferências a parte, acho que só procuramos por aquele cujo beijo nos toca tão profundamente, que consegue nos despertar do nosso sono mais forte e acelerar e desacelerar nossos batimentos cardíacos ao mesmo tempo. Aquele que escuta, que alcama e que protege. Porque até mesmo a mulher mais durona, mais independente... Às vezes se sente insegura e frágil. Aquele que nos diz o que precisamos ouvir na hora certa. Aquele que briga e reclama, mas que acolhe. Aquele sincero e honesto. Aquele que simplesmente nos faça a pessoa mais feliz do Universo apenas por estar ali, do lado, de corpo e alma. Aquele que nos compreenda apenas com um olhar. Aquele que nos ame além de palavras. Além da doença, além da tristeza. O resto? É conto de fada.

É, criei um Blog.

Palavras. Frases soltas. Com sentindo ou não.
Ansiedade e medo. Sentimento.

Começar algo é sempre difícil. Ainda mais quando você não domina o que quer começar.Nunca fui muito fã disso de escrever e de usar a internet para expor isso. E não é de menos, uma pessoa reservada a tal ponto nunca ia se sentir à vontade com isso.Mas sempre é hora de abrir barreiras e sair da rotina, então... Porque não?