quinta-feira, 14 de outubro de 2010

De Janeiro a Janeiro

Brega. Cafona. Careta. Melosa. Romântica. Tanto faz, eu gosto mesmo de música roedeira ou romântica ou melosa ou triste ou depressiva. O adjetivo fica a cargo de vocês.
E ai, a música da semana é De janeiro a Janeiro, composição de Nando Reis na voz de Roberta Campos.


Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, me deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar

Sim. Aquela pessoa que você gosta. A timidez e todas as alterações fisiológicas que a percepção da pessoa amada causa em você. O pensamento lento, vago, distante. A sensação de está fora de orbita.

Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar

O medo. Medo de tentar e se magoar. Medo de não ser correspondida. Só medo. Mas mesmo assim, você ainda faz loucuras pra chamar a atenção da pessoa amada. E, por mais que sofra, sempre tenta engolir o choro.

Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A conseqüência do destino é o amor, pra sempre vou te amar

A esperança. Esperança desse amor ser correspondido, dele valer a pena. Dele ser bom. A esperança de um amor surgir na troca de olhares, muitas vezes inocentes, na expectativa. A inocência de um amor jovem.

Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar

O reconhecimento. Acreditar nesse amor, mesmo que os outros não achem que ele vale a pena. Mesmo que você não ache que ele vale a pena. Acreditar no sentimento verdadeiro e puro que nasce sem explicação, sem querer. Acreditar que ele é pra vida inteira.



Eu acredito nesse amor que acontece sem explicação. Que nasce num olhar. Que me faz perder o rumo, voar. Que faz meu pensamento ficar lento, distante. Que me faz suar frio, ter calafrios. Que me faz amar. Ter raiva de amar. Ter medo de amar. E ser feliz por amar. Essa mistura de sensações loucas, sem sentido, que atormenta a alma da gente. E que se torna ainda mais angustiante quando você não quer, não pode...

Eu amo.

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