domingo, 10 de outubro de 2010

Meio Matriz

Amor platônico. Todo mundo tem ou teve, não importa. Aquele professor quando se é mais novo (ou, às vezes, não precisa nem ser tão novo assim), aquele vizinho gato, aquele amigo da amiga que é sempre simpático, aquele amigo... (Yé, aquele amigo de novo)
Se apaixonar loucamente por um cara, idealizar sobre o futuro de vocês e achar tudo o que ele faz perfeito. Quando isso acontece, aah... demora só um pouquinho pra "se curar".
É. Eu tenho um amor platônico. Aquele amor a distância, que não toca, não se aproxima, não evolui, não envolve. Cheio de fantasias, idealizações, desejos, esperanças... Meio fora da realidade, meio Matriz. Aquele amor que é só meu, de longe, meio que da janela.


"Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que a admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível"


Mas, esse amor não é tão platônico assim. Eu acho. Não é aquele amor tão impossível, surreal, utópico. Não porque seja compartilhado, ou porque possa um dia da certo. (Ok, Eu tenho aquela esperança calada. Aquela expectativa de uma ligação ou qualquer coisa que mude meu dia, meu rumo, minha vida, nem que seja por algumas horas, semanas, meses... anos. Enfim). É mais porque, o que eu sinto, não é algo que possa ser classificado como passageiro. Tá mais pra um amor tímido, calado, misterioso, medroso, introvertido.
Que confusão a gente faz quando se ta apaixonada.
(Sim, eu gosto de você. É tão dificil você perceber? Até gente que mal me vê, já percebeu.)

"E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
E a minha angústia
Ao anoitecer"


Hoje estava vendo umas fotos, umas mensagens perdidas no celular. Sabe, meu coração bateu acelerado. Agora eu tenho certeza. Mas, porque fui ter certeza tão tarde?
Platônico por achar que perdi minha chance. Um raio não cai tão fácil no mesmo lugar mais de uma vez. Agora, a gente fica com o amor escondido. Amor? Paixão, desejo, vontade, querer... Talvez não amor. Talvez sim. Ah... Quem vai entender o que se passa com o coração da gente?
Agora... Agora eu fico sonhando com um dia qualquer. Não qualquer. Porque, de qualquer, esse dia não vai ter nada. No exato momento que esse dia chegar, ele não será mais qualquer. Não pra mim. E eu vou continuar sonhando com ele.
(Novembro tá chegando, quem sabe, né? - " Tudo pode acontecer, quando você chegar e me olhar")

"Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
E como um filme banal
Entre o figurante e a atriz principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final"


Enfim, o que eu estou dizendo?

Bobagem é acreditar que isso nunca vai acontecer com a gente.

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