domingo, 17 de outubro de 2010

O Libertino


Adoro cinema. Adoro história.
O filme da semana foi O Libertino. Resultado: perfeição.


“Permita-me que seja franco antes de começar
Não vão gostar de mim
Os cavalheiros sentirão inveja
e as damas, repulsa
Não vão gostar de mim agora
e muito menos no decorrer da história
Damas, um aviso:
Estou disponível.
Sempre.
- John Wilmot


O Libertino conta a história de John Wilmot, o Segundo Conde de Rochester (interpretado pelo lindo, perfeito, tudo de bom, Johnny Depp), rebelde e GÊNIO literário da restauração inglesa do século XVII, de língua ácida e verdadeira. Um homem que viveu INTENSAMENTE sua liberdade e libertinagem, em plena Inglaterra governada pelo rei Charles e ESCANDALIZOU a sociedade londrina. Wilmot era um verdadeiro BOÊMIO. Ou, uma figura controversa.
O filme começa com um monologo. Wilmot se apresenta ao então público e deixa ao final a mensagem "vocês não gostaram de mim". Em seguida, passamos a viver um pouco dos últimos anos de vida do Conde de Rochester. Esse período é centrado no pedido do rei Chales: escrever uma peça que enalteça seu reinado: "Elizabeth teve seu Skapeare; Charles, Wilmot". Mas, Wilmot não dá tanta importância ao pedido do rei e continua sua vida de vícios: álcool e prostitutas. Então, se apaixona pela Lizzie Berry, uma atriz que é vista por Wilmot como um diamante bruto. Após lapidado por ele, Lizzie brilharia nos palcos e seria um incrível atriz.
A decadência e vida debochada de Wilmot o leva a uma morte prematura aos 33 anos, vítima da sífilis e alcoolismo. As doenças venéreas roeram seu nariz e ele freqüentava o parlamento usando um nariz de prata. Cenas bem angustiantes. Até sebosas mesmo.
O filme promete cenas calientes pelo título. A verdade é que ele apenas promete muito. Claro, há cenas com um toque de "sacanagem", principalmente no começo. Mas não tanto quanto você imagina. O filme mantém a linha "comportado", talvez pelo roteiro, talvez pelo medo de não escandalizar muito, ou talvez porque a libetinagem da época fosse mais "comportada". Mas o filme não deixa de ser PERFEITO. Desde cenografia, figurinos... até elenco. Aah, o ELENCO. Esse filme me ganhou pela história e pelo Deep. Sem sombra de dúvidas, Deep teve uma das suas melhores interpretações. Uma atuação forte, marcante, sensual, e completamente diferente da que estamos acostumados a lembrar quando pensamos no Depp: nada de certinho ou fofinho. Uma interpretação INCRIVEL. Pena que muitas pessoas desconheçam seu trabalho nesse filme. Sua interpretação é de surpreender muita gente.


Há quem diga que o filme não é lá essas coisas, cada um com seu gosto. Mas, que é um bom lazer, não tenha dúvidas. De todo jeito, eu recomendo. É um ótimo filme.

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